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Os Melhores Filmes por Ano - Anos 2010-19


Os melhores filmes do cinema mundial, por ano. São quatro ou mais filmes selecionados por ano, O melhor filme, melhor diretor, atriz e ator. Esta é a décima parte, com filmes da segunda década do século XXI. A década de 2010 teve início enfrentando as consequências após o fim crise econômica mundial, iniciada nos últimos anos da década anterior. A crise afetou especialmente os países da União Europeia, em especial os do sul da Europa, que tiveram aumento no desemprego. A década também ficou marcada pela crise migratória na Europa, agravada em 2015. Centenas de milhares de migrantes irregulares vindos da África, Oriente Médio e Ásia Meridional buscam refúgio nos estados membros da União Europeia. Muitos seguiram a rota do Mediterrâneo, ocorrendo vários naufrágios e muitos perdem a vida. Ocorreu também uma nova aproximação entre a França e a Alemanha principalmente após a vitória de Emmanuel Macron nas eleições francesas. Uma das grandes polêmicas na Europa foi o anuncio da saída do Reino Unido da União Europeia.A partir de 2016, grande parte do mundo ocidental começou a experimentar uma reação política contra a globalização, especialmente a política de imigração e os acordos de livre comércio. Essa tendência ficou mais evidente após a votação do Brexit no Reino Unido e a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos. O aumento da desigualdade econômica nos países desenvolvidos também foi um importante tema de discussão ao longo da década. Em outros lugares, o sentimento populista aumentou nos países asiáticos no final de 2010, particularmente no sudeste da Ásia e na Índia. Em 2018, após mais de uma década de governos considerados de esquerda no espectro político, houve uma grande mudança política no país quando o deputado federal Jair Bolsonaro, conhecido por suas polêmicas opiniões nacionalistas de extrema-direita, foi eleito Presidente da Republica, causando o maior retrocesso político, social, ecológico, educacional, econômico na história deste país. A indústria cinematográfica foi mais abalada nos anos 2010 do que em quase qualquer outra década - e as ondas de choque não diminuíram. É difícil dizer se o cinema estará presente no final da década de 2020 e qual será seu formato, se houver. Mas há uma grande chance de que, até 2030, um avatar digital de Marlon Brando tenha estrelado como o Homem-Aranha em uma aventura de realidade virtual transmitida diretamente para um canto do seu cérebro pertencente à Netflix. Por mais difícil que seja de acreditar, a Netflix só lançou seu serviço de streaming em 2010 e não produziu um filme próprio até Beasts of No Nation, em 2015. Desde então, Netflix e Amazon foram responsáveis por alguns dos melhores lançamentos da década. Nem todo mundo aprova: o Festival de Cinema de Cannes se recusa a deixar filmes entrarem na competição se eles não tiverem uma exibição adequada aos cinemas. E há aqueles de nós que ainda insistem em comprar DVDs e Blu-rays, mesmo que estejamos ficando sem espaço para guardá-los. A queda do produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio sexual, coincidiu com a ascensão dos movimentos Me Too e Time's Up. Mas a campanha que se seguiu não foi apenas para interromper o abuso sexual na indústria cinematográfica, mas também abordar disparidade salarial, sub-representação feminina nos filmes e outros sinais insidiosos de sexismo institucional. Antes de as acusações de assédios em série de Weinstein serem expostas, já havia uma tendência por thrillers de ação com heroínas, como Lucy, Star Wars: O Despertar da Força e Jogos Vorazes. Posteriormente, festivais e estúdios prometeram promover o equilíbrio entre filmes dirigidos por homens e mulheres para perto de 50/50. As coisas estão mudando lentamente, mas estão mudando. Na década de 2010, por outro lado, o horror renasceu como um dos únicos gêneros em que dramas originais, com histórias provocantes e conceitos ousados podem ser feitos com um orçamento razoável e passam a ser abraçados por críticos e público.Os exemplos principais são Corra! e Nós, de Jordan Peele, Hereditário e Midsommar - O Mal Não Espera a Noite, de Ari Aster, A Bruxa e O Farol, de Robert Eggers, Corrente do Mal, de David Robert Mitchell, Um Lugar Silencioso, de John Krasinski, Grave, de Julia Ducournau, e O Babadook, de Jennifer Kent. O Cinema de Horror tornou-se um raio-X das angústias sociais e políticas como Corra, Mãe, A Forma da Água, Um Lugar Silencioso ao denunciar a ascensão do fascismo e a truculência da Elite financeira. Ken Loach saiu da aposentadoria com seus 80 anos para filmar "Eu, Daniel Blake"(2016) "Você não Estava Aqui(2019)" para denunciar a "Uberização" da Economia, a destruição dos direitos trabalhistas e da previdência social. Em 2019 a década fecha com duas das melhores produções: "Joker" e " Parasita", filmes que retratam com genialidade os horrores, as inseguranças e incertezas do futuro nas mãos de um neoliberalismo cruel e destruidor.

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