top of page
Foto do escritorIury Salk Rezende

Barbara Steele Tributo


Minha Homenagem a grande atriz britânica, estrela internacional de filmes de horror dos anos 60, Barbara Steele. Nascida em 29 de dezembro de 1937 na cidade de Birkenhead na Inglaterra (embora algumas fontes citem seu nascimento na Irlanda), Steele teve uma infância simples, mas sempre voltada as artes e estudou para ser uma pintora. Em 1957 integrou uma companhia de atores e estreou no cinema num pequeno papel na comédia britânica chamada Bachelor of Hearts (1958) estrelando Hardy Krüger. Alguns pequenos e igualmente insignificantes filmes para a produtora Rank Organisation se seguiram, com Barbara ainda em papeis minúsculos até que seu contrato foi vendido para uma produtora em ascensão chamada 20th Century Fox e a atriz se mudou para Hollywood, onde toda a ação acontecia. Com vinte e poucos anos, a bela jovem atriz se viu no meio de uma encruzilhada: com sua reputação parcialmente queimada e no meio da greve do sindicato dos atores em Hollywood, aceitou um trabalho oferecido da longínqua Itália para estrelar uma produção de horror comandada por um ex-cameraman e diretor iniciante chamado Mario Bava. Contra todos os indicadores, este filme foi seu atalho para o estrelato, A Máscara de Satã (La Maschera del Demonio/Black Sunday) de 1960. A produção visualmente empolgante e com Steele interpretando um papel duplo – uma bruxa e sua reencarnação mais jovem – garantiu não só o estrelato para a atriz, mas também para o diretor, que foi direto para o status de cult. Curiosamente, a voz da atriz no filme não é dela, ela foi dublada para as audiências internacionais. As produções de horror que Steele participou nestes anos também não foram muito proveitosas para a atriz, porém encontraram uma audiência cativa, apesar de não possuir sombra da qualidade de seus primeiros filmes: Lo Spettro del Dr. Hichcock/The Ghost (1963), pseudo-continuação de The Horrible Dr. Hichcock, também dirigido por Riccardo Freda, mas sem nenhuma relação com o original. O grande destaque deste filme são as cenas finais com Steele em uma atuação monstruosa (não literalmente falando) que sozinhas valem pelo filme inteiro. Na sequência dois filmes do artesão de películas Antonio Margheriti, Danza Macabre/Castle of Blood (1963) e I Lunghi Capelli della Morte/The Long Hair of Death (1964). Em Castle of Blood, a atriz interpreta um fantasma amaldiçoado a repassar a noite de sua morte para sempre e em The Long Hair of Death, Steele novamente em papel duplo, interpreta uma esposa com planos obscuros e sua irmã, uma bruxa queimada que volta dos mortos. Ainda temos 5 Tombe per un Medium/Terror Creatures from the Grave (1965) e In Gli Amanti d’Oltretomba/Nightmare Castle (1965) em que curiosamente Barbara interpreta papéis completamente opostos: no primeiro, um homem invoca a alma de seus desafetos que foram vitimas da peste para ter sua vingança e a atriz interpreta a esposa adúltera do homem, enquanto no segundo é a vez de Steele voltar dos mortos para se vingar do marido (Paul Muller). Para fechar o pacote: In La Sorella di Satana/She-Beast (1966), dirigido por Michael Reeves de futura fama por O Caçador de Bruxas (de 1968, estrelado por Vincent Price) aonde Steele interpreta uma mulher que morre num acidente de carro, mas ressuscita possuída por uma bruxa, e finalmente Un Angelo per Satana/An Angel for Satan (1966), seu último papel em um gótico italiano, que é quase uma reprise de seu papel em A Máscara de Satã, todavia com uma qualidade muito menor. Desafortunadamente, tal qual depois de 8 1/2, ao final dos anos 60 Barbara não conseguiu pegar mais papéis sérios como ela queria e mereceria. O lento e progressivo declínio começa com o melhor desta série, a comédia O Incrível Exército de Brancaleone (1966), onde a atriz interpreta uma princesa Bizantina sado masoquista. Os demais são Fermate il Mondo…Voglio Scendere (1968), o filme para a TV Honeymoon with a Stranger (1969) e o pior de todos, A Maldição do Altar Escarlate (1968) em que ela faz o papel de uma bruxa pintada de verde. Não só o talento de Steele é desperdiçado neste filme, mas também os de outros pesos-pesados como Boris Karloff, Christopher Lee e Michael Gough. Ao final dos anos 60 Barbara Steele conheceu o roteirista e futuro marido James Poe e prometeu “nunca mais sair de um maldito caixão novamente“. Enquanto escrevia o filme A Noite dos Desesperados (1969), Poe escreveu um papel especialmente com Barbara em mente, porém o diretor Sydney Pollack divergiu e deu o papel de Alice LeBlanc para Susannah York. Com o final do horror gótico anunciado, Steele estava tão identificada com o segmento que a fez famosa, que a falta de produções significou uma queda brusca de ofertas de trabalho. Apenas em 1994, Barbara Steele foi até a Áustria para estrelar mais um filme do gênero, Tief Oben/Deep Above, dirigido por Willi Hengstler, uma original mistura de gótico, musical, zumbis e romance beirando o surreal. Infelizmente, a produção nunca foi lançada da maneira que merecia em qualquer mídia.



3 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page