Minha Coleção de Filmes "B", "Z" e Trash.
- Iury Salk Rezende
- 14 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Minha coleção de filmes, trilhas sonoras e livros de filmes classe "B", "Z" e Trash. Vídeo comentado e ricamente ilustrado. Cinema trash ou filme trash (em inglês: Z movie) definem os filmes de baixo orçamento que são feitos com os custos e com uma qualidade inferior aos filmes B. Os filmes trash devem ser distinguidos dos gêneros exploitation, kitsch e camp. O escritor Tommaso Labranca indica cinco partes que criam o gênero trash: a "liberdade de expressão", o "maximalismo" (ou seja, seguem um padrão, mas sem incomodar a imitá-lo literalmente), a "contaminação", a "incongruência" e a "emulação falha". A definição de filme trash, em geral, trata-se de um filme tecnicamente malfeito (propositadamente ou não) tendo geralmente uma ou mais das seguintes características: baixo orçamento, má interpretação dos atores, má pós-produção (edição, dublagem, efeitos especiais), erros técnicos mais ou menos evidentes (por exemplo, o microfone do operador visível na imagem). A estética cinematográfica trash pode ser usada em qualquer gênero de filme ou vídeo, mas é mais usada no terror. Costuma-se considerar trash todo filme de terror que, ao invés de causar medo ou tensão, é engraçado. Neste vídeo comento alguns filmes de diretores como: Ed Wood, Roger Corman, John Waters, Russ Meyer, José Mojica Marins, Willian Castel e outros artesãos que realizaram obras de que de tão ruins se tornaram obras-primas. Após a Segunda Guerra Mundial, com as transformações econômicas e socioculturais ocorridas nos Estados Unidos, além do advento da televisão, o hábito de frequentar o cinema diminuiu, refletindo na indústria cinematográfica. Segundo Mattos, “a concorrência da televisão e os processos de tela larga incitaram os grandes estúdios a produzirem super-espetáculos (...) Não obstante, o espirito do filme B perdura até hoje”. Atualmente os filmes B transformaram-se, de certa forma, em objeto de culto, em parte pela realidade de seus valores estéticos “kitsch”, em parte pela despretensão de qualidades técnicas e artísticas, numa época desprovida de recursos mais elaborados. Mattos cita como exemplo dessa mudança de visão crítica os filmes de Edward D. Wood, Jr., produzidos na década de 50, que acabaram por reduzi-lo, através da crítica, no pior diretor do mundo. Wood morreu pobre e alcoólatra, no ostracismo, em 1958, mas seus filmes foram “redescobertos” por fãs que encontraram na sua engenhosidade primária e ruim um motivo de admiração e surpresa, tornando-o postumamente notório.
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